Alien - O 8º Passageiro [Alien, 1979, EUA]
Suspense intrigante, de Ridley Scott, que acabou por se tornar [para mim] um daqueles filmes que deveria-ter-visto-antes. Irônico é que minha vida cinéfila se iniciou bem com as ficções-científicas. Sigourney Weaver é a tenente Ripley, que junto com a tripulação do rebocador espacial Nostromo, tem de enfrentar um etezinho [*cof-cof*] do capeta que inicia uma matança dentro da nave. Weaver dá uma performance divertida, cheia de gritos, trejeitos, olhares e falas que são ótimas para imitação; mas estrela do filme é o diabo do alienígena. Scott dá show de direção construindo um temor que se "manifesta de dentro para fora"; o fato de você raramente ver o monstrengo ajuda bastante, pois, como os tripulantes da Nostromo, você também não sabe do seu inimigo. Por fim, o filme sabiamente não é enorme e monta a base para uma bem sucedida futura trilogia.
Nota: ***
Blowup - Depois Daquele Beijo [Blowup, 1966, Inglaterra/Itália]
Quando contei que vi Blowup pela primeira vez, um amigo disse que "este deveria ser o primeiro [Michelangelo] Antonioni de todo mundo." Apesar de realmente ter sido meu primeiro e, portanto, fico impossibilitado de explicar a fundo a colocação do meu amigo, não é muito difícil entender porquê. Estrelando um tremendamente sexy David Hemmings e a incrível Vanessa Redgrave, Blowup é um filme difícil de generalizar. Com uma trama que parece inspirada em "Janela Indiscreta" de Hitchcock, o filme em si está mais para "A Doce Vida", de Frederico Fellini, devido sua retratação de uma era. Blowup mostra a cultura vibrante e sensual da Londres sessentista, com seus artistas de rua e modelos magérrimas e intoxicadas. O filme foi indicado aos Oscars de direção e roteiro original e possui uma fotografia magnífica.
Este é um filme que requer outras sessões; tanto no meu DVD, como neste blogo.
Nota: ****
Gritos E Sussurros [Viskningar Och Rop, Suécia, 1972]
Escolhi este filme para meu primeiro Ingmar Bergman. Tal escolha provém do fato de ele ter sido imitado, em 1978, por Woody Allen em seu sensacional drama "Interiores". Na Suécia da virada do século [XIX para o XX], uma mulher à beira da morte recebe a visita das duas irmãs e, na casa de suas infâncias, juntas com a empregada de tantos anos, iniciarão uma instigante jornada coletiva interior [se é que isso é possível], na qual segredos e mágoas do passados virão à tona impiedosamente.
É um filme denso, que apesar do tom silencioso e quase lento, não te deixa desviar a atenção; obviamente se você é interessado em dramas psicológicos. A produção de arte é impecável, tendo o vermelho como cor-chave, o que é interessante, pois desperta no espectador a mesma paixão que passa pelas personagens. Com um elenco impecável [Ingrid Thulin e Liv Ullman são de tirar o fôlego!], Gritos e Sussurros tem cenas fortes e memoráveis, e um desfecho de girar sua cabeça em 360º. Porém um aviso: apesar de o Cinema ser para todos, não perca seu tempo com Bergman se você não gosta de densidade.
Nota: ****
Um comentário:
Alien é horrível, depois daquele beijo eu adoreeei e o último não vi :B
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