*ew
**talvez...
***wow
****genio!!!

domingo, 25 de maio de 2008

REFLITAAAAAAAA!!

Interrompemos nossa hibernação especialmente para ISSO:

Aventura, drama, fotografia maravilhosa, atuações de tirar o fôlego e romaaaaaaaaaaaance, romance de te fazer tremer nas bases!!!!!!
Será Australia o ...E O Vento Levou do século XXI?!

sábado, 10 de maio de 2008

terça-feira, 6 de maio de 2008

Reflita: Risors!!

Coisas da vida que você descobre eventualmente:
Esses dias estive pensando em Ligações Perigosas [Dangerous Liasons, EUA, 1989], que obviamente me faz pensar em Segundas Intenções [Cruel Intentions, EUA, 1999], que me faz (infelizmente) pensar em Segundas Intenções 2 [Cruel Intentions, EUA, 2000].


E reflitam o que eu percebi; a nova queridinha da America, promissora-grande-estrela e atriz genial, Amy Adams, fez a versão ainda mais adolescente da Kathryn Merteuil do Uper East Side [que no primeiro é feita pela também maravilhosa Sarah Michelle Gellar].
Engraçado como na época eu a xingava de sem graça [eu era apaixonado por Gellar ok!] e hoje ela é IDALA DO CORASAUM!! Deu até vontade de ver Segundas Intenções 2 de nov...
Naaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!
[Soundtrack: No Time - Just Jack]

segunda-feira, 5 de maio de 2008

D-us


É batata! Sempre que eu assisto a Aladim [Aladdin, EUA, 1992], no momento em que ele, como o príncipe Ali Abábua, convida Jasmine para um passeio no tapete mágico e eles cantam a canção ápice do musical, Lucas chora. Não somente porque eu no fundo seja um bobalhão sentimental, mas porque as cenas à minha frente são exemplares de perfeição cinematográfica.
Filmes infantis geralmente têm premissas bem simples, porém nunca subestime um clássico Disney. Ao contrário da maioria das animações CGI [Computer Generated Images] de hoje em dia, da Pixar [que já foi um braço da grande produtora, e hoje é uma manda-chuva lá], os clássicos da Disney [especialmente aqueles sob a produção direta do criador do estúdio] são recheados de mensagens e textos subliminares de tirar o fôlego.
Aladim, por exemplo, é repleto de uma sensualidade tão maravilhosa, que não seria absurdo pensar que crianças deveriam ser as últimas a assistirem a ele. Jasmine tem sempre um olhar lascivo e ao mesmo tempo esperançoso, fazendo-a parecer mais real que muitos de nós. É interessante imaginar que se ela fosse uma atriz de carne-e-osso, com certeza seria indicada ao Oscar em 1993. Aladim é um perfeito galã, com o misto excitante de beleza e carisma - na cena citada no primeiro parágrafo, o sorriso com o qual ele pergunta a Jasmine se ela confia nele é o início da emoção que vem em seguida. Essas coisas não podem ser tiradas de animais, ou monstros, ou até mesmo brinquedos antropomofizados.
O músical também é algo que deixa saudade nos fãs da animação a mão. Os desenhos Disney eram verdadeiras produções da Broadway, com números de dança e canções tão lindas quanto se fossem reais; às vezes até melhores, pela versatilidade e liberdade imaginativa do estilo.
Hoje em dia as pessoas costumam chochar a Disney, especialmente à dessa época, por todas as controvérsias políticas e sociais que o estúdio se conectou ao longo da história - como dedurar artistas comunistas na época da "caça às bruxas" do marcathismo, ou visões deturpadas de outros povos, por exemplo, Zé Carioca e até mesmo o Aladim; contudo ninguém pode retirar o papel de Disney na evolução da qualidade estética do cinema de animação e da Arte em geral.


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Back In Business

Oh vida junkie hardfuck! rsrs
Não, não passei o mês sem ver filmes. Porém estive por aí em outros mundos, muitas vezes tão cinematográficos quanto Victor Fleming ou Peter Jackson, que o mundo virtual do meu computador me atraiu muito pouco mesmo.
Contudo, a vida continua e certas rotinas têm de voltar. Lucas adquiriu maravilhosos novos exemplares às DVDteca, além de um desejo de revisitar os clássicos de um dos grandes gênios e, sem dúvida, o maior mago do cinema: Disney.
Então galere, I'm back! Back in business!
[Soundtrack: Poema LXIV/Palavras - Maria Bethânia & Omara Portuondo]

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Oh Depp Depp Depp!!!

Um dos nomes que pensei para este blog foi: Eu Não Gosto de Johnny Depp. Honestamente, acho esse título digníssimo, pois Depp é um cinemático com o qual mantenho uma relação de amor e ódio. Enquanto tenho detestado quase tudo que ele tem feito ultimamente - especialmente quando o Senhor Burton está no meio, - eu muitas vezes me surpreendo com suas atuações menos óbvias. Mas tal título me fugiu da mente no momento de criação deste covil.
Esses dias eu comprei Em Busca Da Terra do Nunca, de Marc Foster [diretor do próximo 007] e resolvi assistí-lo com uma newbie. [Newbie = novato.] Eu sabia muito bem o que esperar... mas sabia? Não vou estragar o filme para algum eventual e perdido leitor que não o tenha assistído, mas toda vez que eu via certas pessoas [e não estou falando de Depp agora], eu sentia um aperto no coração; especialmente porque essa pessoa é um dos maiores gênios da atualidade.
Mas enfim, neste post vou falar de Depp - que neste filme simplesmente fez apaixonar-me por ele.
Meu aspecto favorito da atuação de Depp neste filme é o fato de ele não estar muito Depp. Com o tempo, ele pareceu querer se firmar como o ator bizarro do momento. Seus papéis pareciam ser escolhidos baseados na quantidade de tiques e maneirismos a serem criados/imitados; por isso, o desgosto, o repúdio pelo kentuckiano. Porém ele é celebrado DEMAIS e é praticamente impossível ignorá-lo por completo; ou seja, estou sempre à procura do papel "normal" de Depp.
Uma vez disse a uma amiga, que é uma Depp-girl, que voltaria a achá-lo digno quando ele fizesse [e bem] um papel que seria oferecido a Tom Hanks. Tipo: um cara normal, daqueles que você se esbarra na multidão.
Sir James Matthew Barrie chega bem perto. Não nada de exagerado e extremamente apaixonante em Mr. Barrie. Ele é gente como a gente, no sentido de que não há cacoete notável, olhar drogado, pose imitável. Okay, há um certo olhar que na verdade é um vício/marca do ator, que se faz presente em vários outros papéis e é perfeitamente normal. [No caso de Depp um olhar meio infantil, quase adolescente; supostamente sério, mas perdido como um garotinho. Isso é excitante!] Porém, Mr. Barrie de extravagante tem apenas sua imaginação - o que é essencial ao filme.
Então, quando assisti a "Em Busca" há dois dias eu senti que naquele instante ele era para mim o mais empolgante dos atores. Mr. Barrie, por Johnny Depp, tornou-se um desejo de aproximação. Simplificando: eu me sentia, a cada cena, como um dos garotos Davis. E ao fim, quando Barrie diz a Peter para acreditar... eu acreditei.
[Song: Let It Die - Feist]

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Reflita: AI MEEEEELDELS!!!!

Oh Jesus! Saíram mais foto-stills de Australia, o novo épico de Baz "De-s" Luhrmann!! Bah - isso foi ontem, mas depois de dois dias dentro de casa eu resolvi sair e tomar um pouco de sol e vento na minha cara; o que resultou em litrus de suor e um grande desastre capilar. Mas whatever o que são essas coisas menores quando Miss Kidman e Mr. Jackson estão lindos, gostosos e provavelmente estupendos no próximo filme de um dos meus diretores favoritos! As fotos abaixo foram "gentilmente roubadas" do The Film Experience. [Notem que o filme de Luhrmann já está confirmado para receber indicação ao Oscar de melhor Cinematografia okay, beijos!]








Hoje é aniversário de Jennifer "Maravilhosa" Garner - que depois de Juno ela tenha mais filmes ótimos no currículo e um Oscar. Amém!


E pra finalizar... rsrs! Olia so galere o que el amor faz con las personas! Evan Rachel Wood namora com Marilyn Mason agora né? Veja-bem-meu-bem, como ela apareceu na premiere novaiorquina de seu novo filme, The Life Before Her Eyes, co-estrelado por Uma Thurman e escrito e dirigido pelo auteur do maravilhoso "Casa de Areia e Névoa", Vadim Perelman.




[Soundtrack: Put your Hands On Me - Joss Stone (que fará cinco shows no Brasil em junho e eu vou, beijos!)]

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Reflita: Só Pra Constar

Reflita!: Coisas por quais o noob acá tem babado no mundo do cinema, ultimamente.

- Hoje é aniversário das maravilhosas e amadas Julie Christie, indicada a 4 Oscars, e Sarah Michelle Gellar, indicada ao Globo de Ouro de 2001 por sua performance na 5ª temporada de Buffy - A Caça Vampiros [atriz na qual talento acredito e espero que supere o estigma da TV]. Gellar tem para Outubro desse ano o suspense "Possession" e [segundo IMDb] a adaptação do livro de Paulo Coelho, Veronika Decide Morrer.
Factum: Paulo Coelho é um lixão de marca maior, mas Lucas vai ver o filme por causa de Gellar [sim, ela me faz pagar um ingresso de cinema].
- Cate Blanchett pariu seu terceiro filho!! Ele se chama Ignatius Martin. Yes, Blanchett é uma daquelas celebridades que odeiam os filhos.
- Oscar 2009 já tem data e lugar marcado, bEIjos!!!!!!!!!!!!!!!
[Soundtrack: Interessa - Roberta Sá]

Meh...

Summer Storm [*1/2]
Direção: Marco Kreuzpaintner
Com: Robert Stadlober, Kostja Ullmann, Alicja Bachleda-Curus


Marco Kreuzpaintner é um diretor que tem adolescentes em foco na maioria de seus filmes. Em seu esforço de 2004, Summer Storm [Sommersturm, Alemanha, 2004] ele contou a história-de-crescimento de um garoto se descobrindo gay e apaixonado por seu melhor amigo.
Tobi [Stadlober] e Achim [Ullman] são amigos de longa data, além de parceiros no time de regata da escola. Ansiosos com o campeonato, eles são adolescentes em tudo, desde a maneira relaxada de levar a vida, ao fogo dos hormônios da idade; numa cena eles fazem campeonato de masturbação no vestiário do colégio. É nela que vemos pela primeira vez a inclinação homossexual de Tobi e o desenvolvimento de seus sentimentos em relação ao amigo, enquanto todos estão excitados com a chegada do time feminino de Berlim para o campeonato.
Uma boa característica de Sommersturm é sua sensualidade; assim como suas personagens, é um filme cheio de hormônios. Mas hormônios são efêmeros e, no fim das contas, apesar de uns vislumbres artísticos - como alguns ângulos de câmera estrategicamente voyeuristas e uma fotografia bonita, o filme não diz muito sobre adolescência ou a homossexualidade nessa idade, caindo muitas vezes em clichês, especialmente quando a equipe gay [que tem um representante de cada estereótipo] se apresenta como substituta da equipe feminina, impossibilitada de participar da disputa.
Sommersturm tem boas intenções: com uma história atrativa pela idade de suas personagens e a temática [semi-]polêmica, mas no fim, depois de alguns minutos de reflexão, ele torna-se apenas uma fonte masturbatória para enrustidos pedófilos de plantão, interessados em sensuais cenas de sexo entre jovens. Felizmente, seu elenco é bem melhor que o esperado, especialmente Stadlober e Alicja Bachleda-Curus, que faz Anke, a garota iludida que se apaixona por Tobi. Alicja é tão linda que hipnotiza e rouba as cenas em que está com sua atuação sutil e moderada.
Mas... é só o que Sommersturm oferece, não se fixando em memória alguma.

For Fan

White Diamond - A Personal Portrait of Kylie Minogue [**1/2]
Diretor: William Baker
Com: Kylie Minogue, William Baker, Bono, Olivier Martinez, Dannii Minogue



Em seus 20 anos de carreira, Kylie Minogue nunca deixou a vida privada e o status de celebridade superar sua aura de artista. Não há no registro de grandes escândalos envolvendo seu nome nos tablóides; desavisados podem dizer que simplesmente não se interessa pela vida de Minogue, injustamente considerada uma cantora Pop de marca menor, mas, como ela própria diz numa passagem do documentário White Diamond - A Personal Portrait of Kylie Minogue [White Diamond - A Personal Portrait of Kylie Minogue, UK/Australia, 2007], ninguém se matém na ativa, adorada e vendedora durante 20 anos por sorte ou apenas trabalho duro [isto é uma paráfrase].
O interessante de documentários sobre celebridades é que há um misto de honestidade e cinismo. O fato de ter câmeras registrando cada uma de suas ações soa auto-indulgente na pior das maneiras, e mesmo que as intenções sejam boas, é uma abertura muito grande para críticas de cínicos. O diretor William Baker [colaborador e amigo de Minogue há praticamente duas décadas] justifica o filme na vontade de mostrar a artista Kylie além de todos os rótulos naturais da profissão. Filmado no período da última turnê da cantora, a Showgirl Homecoming, o filme retrata Minogue nos bastidores de sua vida pós-recuperação do câncer de mama, diagnosticado em 2006, no meio da Showgirl original.
Com uma cinematografia [assinada por Justin Murphy] tão maravilhosa que te deixa babando, o filme mostra sem muito estardalhaço a humana por trás da showgirl: uma mulher com fortes convicções e ciente do espaço que seu trabalho conseguiu através dos anos. Aos 39 anos, Minogue [que sob tal fotografia parece ter apenas 25] é revelada com uma confiança digna de alguém que passou por muito na vida e não tem medo de mostrar.
Com um formato documental e simples, o filme é declaradamente feito por um amigo-quase-fã, podendo ser interpretado como muito parcial; mas para os fãs é um delícia ver Kylie entediada, fazendo palhaçada, ou simplesmente irritada. A trilha sonora é outro ponto legal, apesar de ser contida em sua maioria por músicas da própria, há versões bem alternativas de algumas delas e Minogue interpretando magistralmente clássicos do Jazz.
Sou o que pode ser considerado um die-hard fã de Miss Minogue, ou seja, sou daqueles que se ligam sem remorso no lado positivo de seus trabalhos: eu gosto de gostar de Kylie Minogue. Mesmo mantendo o senso crítico e reconhecendo os pontos baixos, é nos altos que eu seguro para mim. Desta forma, não sou a pessoa mais apta a resenhar este filme, portanto digo que este é um filme para fãs, ou no máximo admiradores e curiosos pelo ícone Minogue.

terça-feira, 8 de abril de 2008

QuickFucks: Lazy Times

QuickFucks: [Rapidinhas.] Mini-resenhas procrastinatórias com intenções redentoras ao blogueiro enrolado.

Coração Selvagem [Wild At Heart, EUA, 1990]
Demorei uns dois anos para assistir meu segundo longa dirigido por David Lynch. Depois de Cidade dos Sonhos, que pelo fim me senti tão embasbacado quanto burro [será que fui o único?], só vim a assistir alguns episódios do bizarríssimo [porém excitante] Twin Peaks. Com visões bem lynchianas d'O Mágico de Oz, sinto que esse sim deveria ter sido meu primeiro Lynch; faria melhor para meu ego, já que, apesar das marcas bizarras do auteur, o filme é bem mais acessível à nossa cotidiana visão racionalizada. Laura Dern e Nicolas Cage estão tão sexys quanto ousados, como os protagonistas Lula e Sailor; Dern em especial: o jeito que ela dança é tão jovial e excitante que não é raro se pegar morto de vontade de dançar quando ela o está fazendo. Contudo, as estrelas do filme são Diane Ladd, como Marietta, a tresloucada mãe de Lula, que invoca todos os santos e demônios do campy numa performance típica de Thalia em Maria do Bairro; e a mente de Lynch com seus personagens ultra-bizarros com ações que não têm nada a ver com o cerne da trama, mas você não questiona por minuto algum. Talvez porque são lindamente feitas ou simplesmente engraçadas.


Nota: ***

Almas Gêmeas [Heavenly Creatures, Nova Zelândia/Reino Unido/Alemanha, 1994]
Honestamente, Peter Jackson é um gênio por este filme e não pela Terra Média! Primeiro filme dramático de Jackson, que até agora apenas tinha feito filmes B de terror e/ou comédia, é baseado na história real das amigas Pauline Rieper e Juliet Hulme [Melanie Lynskey e Kate Winslet, respectivamente], que assassinaram a mãe da primeira, para assim evitar uma separação. Porém, o filme sabiamente se concentra na relação simbiótica das duas, criando o mundo fantástico e imaginário das garotas, que acaba levando-as ao crime que cometeram. Lynskey e Winslet são forças da natureza! Ambas foram reveladas no filme, mas é uma pena que o holofote fora apenas direcionado a Winslet.
Nota: ***


Antes Do Anoitecer [Before Night Falls, EUA, 2000]
Eu fico preocupado antes de entrar em contato com "filmes americanos sobre Cuba". Não sou um pró-Fidel, mas definitivamente não sou um anti-castrista como o poeta/novelista cubano Reinaldo Arenas [Javier Bardem - na atuação que lhe rendeu sua primeira indicação aos prêmios da Academia] se declara pelo fim do filme. O filme segue Arenas por sua vida desde a infância, passando pela juventude como militante da causa gay em Cuba, à sua morte no exílio em Nova York. Poeticamente arranjado e com uma fotografia tão maravilhosa que ressalta a beleza das peles das personagens e as texturas de cores de cada locação, o filme de Julian Schnabel derruba qualquer desconfiança devido sua honestidade quanto aos assunstos que trata e sua posição diante deles. É um filme de visão americana sobre Cuba? Não, é a visão de Arenas sobre seu país, e como ele viveu maior parte de sua vida nele, não se pode considerar sua opinião indigna. Bardem é absolutamente tudo de bom que vem à mente, especialmente sexy; e as outras performances são maravilhosas, especialmente Johnny Depp, em dois papéis não-tão-Depp e em desempenhos bem diferentes dos que ele parece estar habituado a fazer ultimamente.
Nota: ***

Et La Lohan?

Bem, não nego a absolutamente ninguém, que apesar das porcarias que ela fez na carreira e na vida, eu considero Lindsay Lohan uma das jovens atrizes mais talentosas dessa nova geração. E digo para os de mente aberta, que vêem o talento por traz da celebridade, que assistam [seu filme de estréia] o Operação Cupido de 1998, no qual ela fazia duas personagens bem diferentes, Sexta-Feira Muito Louca, em que ela e Jamie Lee Curtis travam uma maravilhosa batalha de maturidade/imaturidade, e, obviamente, Meninas Malvadas, que simplesmente é a quintessência da comédia adolescente inteligente. Lohan também foi elogiada pela crítica [e por ninguém menos que Meryl Streep okaybeijos!] por seu pequeno papel no último filme de Robert Altman, A Última Noite, mas depois daí todo mundo sabe que foi ladeira abaixo, sendo até xoxada pela legendária Jane Fonda.
Mas depois de praticamente um ano, La Lohan se limpou e está decidida a retomar seu posto de grande atriz promissora de Hollywood. Apesar de Chapter 27 ter sido gongado [filme que conta a história de um assassino que ninguém está interessado em saber e tem Jared Leto se achando só porque deu uma de Charlize Theron], ela tem fatos e rumores interessantes adiante.
O primeiro é Dare To Love Me cine-biografia do legendário cantor argentino Carlos Gardel. O IMDb diz que a personagem dela se chama La Ritana, mas não se sabe muito sobre o tamanho dessa personagem no filme, sabe-se apenas que Lohan esteve tomando aulas de tango durante a rehab. "Dare" é dirigido por Alfonso Arau, autor de "Como Água Para Chocolate".
Outro projeto é The Manson Girls. Ainda não há confirmação da presença de Lohan no filme [só considero confirmação depois que IMDb lista como tal], mas Cineclick diz:

"Ela será Nancy Pitman, uma jovem de rica de Malibu, que aos 16 anos foi apresentada a Charles Manson, líder da seita, e se encanta, largando tudo que tem. Nancy vai morar com Manson e acaba virando um dos membros mais fiéis do grupo."

Esse filme pode ser um sucesso, mas tem tantas chances de ser um mega desastre, já que a história de Nancy culmina num dos crimes mais bárbaros de Hollywood.
O último rumor é Florence, no qual ela representaria uma garçonete ninfomaníaca; mas, não sei porque [rs], esse me soa como Eu Sei Quem Me Matou 2.
Enfim, eu acabei desistindo de me importar tanto com ela depois de todas as mancadas, mas sei lá - Lindsay Lohan, de uma certa forma, desperta meu lado paterno; eu quero que ela dê certo e ganhe um Oscar.

PS: Post indiretamente dedicado à minha irmã, que faz aniversário hoje e é fã de Lindsay Lohan. Não do jeito que eu sou, mas isso não vem ao caso... rsrs
[Soundtrack: In My Arms - Kylie Minogue]

domingo, 6 de abril de 2008

Uhg... Romances!


Quando eu era adolescente eu preferia finais trágicos regados a sangue, suor e lágrimas; eu me sentia de alma lavada e pronto para a próxima rasteira da vida. Daí a adolescência passou e, apesar de ainda gostar desse tipo de catarse, eu prefiro os finais felizes. Teve até um filme que vi há um ano que me ajudou a certificar isso, que prefiro a esperança ao fim de todas as coisas. Em outras palavras, pode-se dizer que sou um "romântico irremediável".
Mas, contra a maré da razão, finais felizes não me deixam exatamente felizes; e aí você pode me chamar de drama-queen, porque se o filme for um bom [leia-se "bem feito"] e velho Romance, aí pode ter certeza absoluta que eu fico na fossa.
Hoje revi um dos meus filmes favoritos da vida inteira: Orgulho e Preconceito [Pride & Prejudice, Reino Unido, 2005]. O primeiro longa destaque de Joe Wright não é amado por mim simplesmente porque é um romance de encher o coração, mas especialmente porque ele manteve a essência da maravilhosa obra de Jane Austen, que vai além da saga comum das casamenteiras do século XVIII, já que sua protagonista pode ser considerada uma percussora do feminismo.
Uma das coisas que mais amo no filme de Wright é o fato de ele ter dirigido Keira Knightley ao brilho. Com vários filmes porcarias antes desse, ela chegaria de repente com uma sensualidade que, passando longe das tetas apertadas pelos espartilhos de Elizabeth Shawn, estava sempre suada e com quinze centímetros de lama nas barras dos vestidos. Como Elizabeth Bennet ela não apenas conquistou os críticos e a Academia [nomeada por Melhor Atriz em 2006], como arrematou de vez meu coração que, desde então, anseia por trabalhos dignos da srta. Knightley. Ela provou, para quem quisesse enxergar, que pode ser mais genial ainda em sua segunda colaboração com Wright, Desejo e Reparação, meu filme favorito do ano passado.
A Elizabeth Bennet de Keira tem a mesma jovialidade e energia da Lizzie de Austen; claro que ambas são a mesma personagem, mas, assim como o filme de Wright transferiu com beleza a qualidade narrativa do romance clássico, Keira Knightley retratou a Elizabeth Bennet repleta da dubiedade cativante com a qual Austen nos deu: ao mesmo tempo que Lizzie trata o amor com grande sarcasmo e distância, é a coisa que ela mais deseja sentir de verdade. Isso soa simples em premissa, mas Knightley arrasa quando mantém sutil essa diferença entre o que Elizabeth sente e o que o orgulho dela a deixa mostrar. São olhares e sorrisos vívidos, mas nunca jogados ao léu e super-usados, sendo aí que deita a sutileza e beleza de sua atuação.
E é por Lizzie ter esse charme inusitado que você acompanha e torce por ela. E ao fim do filme, quando tudo é normalizado e se reinstala a paz, Lucas olha para si mesmo e vê que nem o caos começou ainda.
[Soundtrack: A Postcard To Henry Purcell - Dario Marianelli]

2008 Da Morte

Charlton Heston
1924-2008

Minha gente... está todo mundo morrendo!
O começo do ano foi marcado com as chocantes mortes de Brad Renfro e Heath Ledger. Mês passado teve Anthony Minguella e ontem, o clássico ator de épicos, especialmente
Ben-Hur, Charlton Heston, morreu aos 84 anos. Heston tinha Alzheimer e desde 2002 havia parado de "aparecer"; além de Ben-Hur, pelo qual ele ganhou o Oscar, ele fez a primeira versão de O Planeta dos Macacos, e abriu o mar Vermelho n'Os Dez Mandamentos.
Mas cara!, o negócio é que está todo mundo morrendo por agora. Esse é o ano da morte? Davis e Peck resolveram descer ontem pra buscar Heston - quem será o próximo?

Heston e Davis em 1978. Davis foi primeiro, mas parece ter voltado para buscar Heston...

Sabia que há um site na internet especializado nessa pergunta?! Rsrsrsrs... desculpem-me mas essa morbidez me diverte.] O Death List escolhe todo ano 50 celebridades que provavelmente morrerão naquele ano. Como é no trabalho da advinhação, só tem velhaco lá no meio e fatalidades como as de Ledger, e até a de Minguella, não contam.
Personalidades da 7ª Arte como
Dino de Laurentiis, Zsa Zsa Aloca Gabor e Sydney Pollack; Pollack, inclusive, está em 2º no ranking, mas ano passado ele estava filme, forte e maravilhoso em Conduta de Risco.
Nota: Nada a ver com Cinema, mas só pra constar: Oscar Niermeyer está em 5º no ranking. Único brasileiro, olha a honra!
[Soundtrack: The Half Killed - Dario Marianelli]

sábado, 5 de abril de 2008

QQQQQQQQQQQQQQQ?!



Hoje é dia de gozar litrus neam?
Aniversário desses dois!!!!!!!
Vou ter muito trabalho nesse blog ok.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

QuickFucks: Indies, Europeus, Geniais e Fúteis

QuickFucks: [Rapidinhas.] Mini-resenhas procrastinatórias com intenções redentoras ao blogueiro enrolado.

Voando Alto [A View From The Top, EUA, 2002]
Lembro que quando o filme estava em pós-produção, li uma nota numa revista que dizia que tudo ia tão mal para "Voando Alto" que a protagonista, Gwyneth Paltrow, chamava o filme de a view from my ass [uma visão da minha bunda]. Apesar de achar que a fina Miss Paltrow seria incapaz de tal indelicadeza, eu a compreenderia se isso fosse fato. Ela faz uma white trash que decide ser alguém após ler a auto-biografia de uma comissária de bordo/guru-de-loiras-sem-propósito-na-vida [Candice Bergen]. A única coisa que parece funcionar no filme é a trilha sonora que é repleta de sucessos mil-novecentos-oitentistas e depois de cada piada forçada e sem graça, não se entende nem porque Bruno Barreto [auteur do premiado - e ótimo - O Que É Isso, Companheiro?] se dispôs a fazer isso. Felizmente qualquer câmera parece adorar Paltrow e Christina Applegate, que estão adoráveis apesar da merda de filme.
Nota: *

A Experiência [Das Experiment, Alemanha, 2001]
O suspense alemão de Olivier Hirschbiegel é tudo que sua aventura hollywoodiana deveria ser: claustrofóbico, envolvente e instigante. Baseado no "experimento de emprisionamento de Stanford", o filme mostra até onde vai a humanidade no adverso ambiente de aprisionamento, acompanhando um grupo de voluntários na dita experiência. É interessante que não se sabe se a experiência é de alguma universidade ou governamental; e aos poucos o clima vai se tornando tão tenso que é impossível não se sentir como um dos participantes da experiência. Com ótimas performances, e um roteiro que aumenta o desconforto com imagens do mundo exterior, questiona muito bem o que seria o ser humano capaz quando munido de poder.
Nota: ***

Fargo - Uma Comédia de Erros [Fargo, EUA, 1996]
Frances McDormand e William H. Macy estrelam e co-estrelam, respectivamente, essa genial comédia dos irmãos Coen [Joel na direção e dividindo o texto com Ethan] que, como diz o subtítulo brasileiro, é repleta de erros tão absurdos e adoráveis que é impossível não rolar de rir. McDormand é a detetive Marge, encarregada de investigar a morte de um policial rodoviário e duas pessoas numa estrada logo após Brainerd. Ela acaba na cola do babaca Jerry Lundegaard [Macy] que contratou os excêntricos, metódicos e violentos Peter Stormare e Steve Buscemi para sequestrarem sua esposa, para que assim possa extorquir dinheiro do sogro rico. Confuso? Óbvio! E com certeza só poderia dar na sequência de desastres que o adorável filme dos Coen se torna. O fato de Marge ser uma criatura bem desengonçada e grávida de sete meses torna tudo ainda mais engraçado e, apesar de todo o elenco estar brilhante, o filme pertence tanto a McDormand, que você tem saudades de Marge sempre que ela está fora de cena.
Nota: ***

Eu Sei Que Vou Te Amar [Eu Sei Que Vou Te Amar, Brasil, 1986]
Continuando a claustrofobia cinematográfica, tive a oportunidade de assistir um dos mais incríveis exemplares do cinema nacional. Nessa fita escrita e dirigida por Arnaldo Jabor que nunca deveria ter parado de fazer cinema para falar asnerias na Globo Fernanda Torres e Tales Pan Chacon representam um casal separado que se reencontra depois de três meses e se prende numa casa que mais parece uma linda galeria para então tentar resolver suas querelas pessoais.
Estranho o texto sem pontuação, né? Mas é bem assim que o filme de Jabor te deixa, sem fôlego com algumas das mais memoráveis disputas retóricas da história do Cinema. Torres e Pan Chacon estão perfeitos [ela, porém, robando a cena muitas vezes] e, apesar da teatralidade do roteiro, a direção cirurgica de Jabor penetra até o osso das mentes das personagens.
Foi indicado à Palma de Ouro de Cannes e Torres levou o prêmio de melhor atriz.
Nota: ****

O Assassinato De Jesse James Pelo Covarde Robert Ford [The Assassination Of Jesse James by the Coward Robert Ford, EUA/Canadá, 2007]
Eu costumo dizer que qualquer filme que extraia uma performance convincente de Brad Pitt merece ser louvado. "O Assassinato", porém, tira uma performance maravilhosa de Pitt, deixando-me de queixo caído a cada cena do galã como o legendário pistoleiro do título. Mas este não é o único mérito do filme de Andrew Dominik. Um filme que tem praticamente toda sua trama no título, teria que possuir algo a mais a mostrar, e "O Assassinato" tem, de sobra, algo que faz qualquer filme assistível: humanismo. O roteiro despe de toda a fama e lenda as clássicas figuras de James [Pitt] e Ford [Casey Affleck], mostrando-nos dois seres humanos com todas as suas magnitudes e falhas, sem nunca serem julgados por seus atos dentro do filme.
Affleck recebeu uma indicação roubada ao Oscar por seu desempenho; roubada porque o estúdio fez campanha para que ele fosse indicado a coadjuvante [e foi], sendo que ele é, na verdade, protagonista. Mas sacanagens de estúdio aparte, "O Assassinato" é um filme maravilhoso, com um elenco maravilhoso, que deve ser assistido sem pestanajar.
Nota: ****

Adeus, Lênin! [Good Bye, Lenin!, Alemanha, 2003]
Nesta linda dramédia de Wolfgang Becker, Daniel Brühl estrela como um jovem alemão que mora na Alemanha oriental. Após a queda do muro de Berlim, ele dedica-se a manter a ilusão da mãe que entrou em coma dias antes do início da dissolução da União Soviética. Absolutamente tudo nesse "filme de crescimento" é válido e bonito: desde as atuações à adorável mensagem de tolerância e amor. Kathrin Sass é simplesmente perfeita como a mãe Christiane, enquanto Brühl é a personificação do filho pródigo que nunca teve a oportunidade de sair. Destaque para Maria Simon, como a filha mais nova de Christiane, Ariane.
Nota: ***

Reflita: Meirelles! Meirelles! Meirelles!

Reflita!: Coisas por quais o noob acá tem babado no mundo do cinema, ultimamente.

Saiu o primeiro trailer de Blindness, nova incursão hollywoodiana do meu adorado Fernando Meirelles, que vem com um elenco de prima e cheia de esperanças Oscarianas.
É o filme mais esperado por mim em 2008!

MTV

Across The Universe [**]
Direção: Julie Taymor
Com: Jim Sturgess, Evan Rachel Wood, Joe Anderson, Dana Fuchs, MArtin Luther McCoy, T.V. Carpio, Bono

Há aquele ditado cinmatográfico que diz: "nunca confie em trailers." Across The Universe [Across The Universe, EUA, 2007] confirma tal regra. A indústria hoje investe milhões em edições incríveis para atrair o público a fitas que, muitas vezes, não são metade do que prometem.
Musical com canções dos Beatles, a trama conta a história do jovem britânico Jude [Sturgess], que no meio dos anos 60 [no auge da Guerra do Vietnã] sai de sua vida proletária em Liverpool para viver uma boêmia nos Estados Unidos. A partir daí o filme gasta seus primeiros minutos com video-clipes de cada uma das personagens que permearão a vida de Jude na América.
Eu disse os primeiros minutos? Pardon errei, o filme, com suas mais de duas horas de filme, na verdade se parece com uma mega vinheta beatlemaníaca da MTV. Sim, a direção de arte é impecável e as versões das músicas, assim como as vozes dos atores, são adoráveis. Mas depois de uma hora de personagens quase aleatórias, que parecem se movimentar apenas para encaixar as músicas da legendária banda na trama, até o inicialmente estupendo visual começa a entediar.
Jim Sturgess e Evan Rachel Wood são o casal protagonista, Jude e Lucy [qualquer mortal com o mínimo de cultura pop na cabeça sabe que a banda homenageada tem músicas com esses nomes], e a beleza de ambos combinam perfeitamente com a do filme. Mas, de novo, depois de faixas horas sem real conexão com qualquer das personagens, de que elas importam para quem assiste? Só porque o romance entre elas é embalado pelas famosas e ultra-populares baladas dos cinco garotos de Liverpool?
E o que fazem as outras personagens para merecer meu apoio? Exceto por Lucy, ninguém parece fazer nada, a não ser serem boêmios. Jude passa a viver de seu talento para o desenho [que parece surgir do nada no filme], tem a proprietária do apartamento, que pode ser tida como Janis-Joplin-sem-drogas-e-bonita [Fuchs], o irmão pândego de Lucy, Max [Anderson]... mas quando me aparece Bono [o próprio, do U2 mesmo] com um tipo de guru drogado, melbeinhê, desisti, OK!
Para quem viu o filme anterior da diretora Julie Taymor, o fenomenal Frida, "Universe" soava como uma ótima sequência à beleza estética e riqueza de caráteres do anterior, especialmente após o trailer, mas acabou se tornando mais uma decepção hollywoodiana que, talvez, só agrade aos fãs psicóticos dos Beatles.

Oh D-us!

Semana passada eu fiz 21 anos e, como sempre, não me senti um pingo diferente. Óbviamente ninguém muda de comportamento e sentimentos imediatamente após passar de uma idade para a outra, mas hoje, ao abrir o IMDb para uma pesquisa qualquer relacionada a meu perfil no orkut, acabei descobrindo [isso porque felizmente eu nunca lembro de aniversário nenhum] que, se estivesse vivo, Heath Ledger estaria completando 29 anos.
Aí que passei a me perguntar se a mudança de idade faz alguma diferença quando não se está mais presente nesse plano de realidade. Na época de sua morte, escrevi exaustivamente sobre o que ela significava para mim e sua geração; passei por exagerado e non-sense por sentir mais a morte de uma celebridade do que a de uma pessoa real africana de todos os dias.
Questões arquetipicas aparte, Ledger teria idade para ser um dos meus amigos mais próximos [meu amigo mais velho faz 30 esse ano] e não é difícil pensar em todas as possibilidades que se acabam quando um jovem morre.
RIP.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Reflita: Where Is The Link With You?

Reflita!: Coisas por quais o noob acá tem babado no mundo do cinema, ultimamente.
Enquanto eu procrastino a hora de ir almoçar, eu viajo em Björk e... Oscar!!
-> Nate, do The Film Experience, inicia sua anual predição do Oscar com a
Early Bird Oscar Preview de 1º de abril. É em inglês, portanto requer paciência. Mas, tais predições basicamente consistem nos filmes marcados para serem lançados esse ano que têm cara de figurar no Oscar. Obviamente, por enquanto, é tudo advinhação. E ele também diz o que tem sido difícil no processo este ano.
-> Awards Daily convoca-nos para o centenário de Bette Davis.
-> Hayden Panettiere vai estrelar
mais uma comédia romântica gay. Seria o Gay Boom parte 2? Teve o dito cujo na TV americana e estaria finalmente Hollywood preparado para tratar a homossexualidade como algo real e até engraçado? Meh - dane-se esse filme provavelmente vai ser um zero à esquerda, apesar de que Hayden faz qualquer coisa assistível.
->
Woody Allen quer dinheiro!
-> Hellen Mirren
em outra cinebio! Alô Oscar![?]
E Björk lança um dos melhores video clips da história, sem medo de ser feliz!







terça-feira, 1 de abril de 2008

Mais Um Motivo...

...para eu amar Madonna, apesar dos pesares: sabe quem foi o ator favorito dela do ano passado?
Veja aqui e desça bastante.

Scorsese, Begosmiliga!


Cabo Do Medo [****]
Com: Robert DeNiro, Nick Nolte, Jessica Lange, Juliette Lewis
A Época da Inocência [****]
Com: Daniel Day-Lewis, Michelle Pfiffer, Wynona Ryder


É maravilhoso quando um diretor faz uma sequência de filmes diferentes e maravilhosos. Entre 1990 e 1993
Martin Scorsese fez, seguidamente, três filmes aclamados pela crítica e que residem na memória do Cinema com excitação e carinho. Foram eles: Os Bons Companheiros [Goodfellas, EUA, 1990], Cabo do Medo [Cape Fear, EUA, 1991] e o drama de costumes A Época da Inocência [The Age Of Innocence, EUA, 1993]. Recentemente, assiti aos dois últimos seguimentos.
O "Cabo do Medo" de Scorsese é remake do clássico noir de 1962, dirigido por
J. Lee Thompson, com Gregory Peck e Robert Mitchum nos papéis protagonistas. Enquanto Peck faz uma pequena participação como um advogado, em sua última aparição em Cinema, quem representa o recém liberado da prisão, Max Cady, na versão de 1991 é Robert DeNiro, e sua obsessão, Sam Bowden, Nick Nolte.
Scorsese já implanta o tenso clima do suspense nos créditos de abertura: mostrando ora os olhos, ora o rosto ameaçador de Cady refletidos nas águas, acompanhados da arrepiante trilha de Elmer Bernstein. E por nenhum minuto adiante, o nível da tensão esmaece, especialmente quando a cada cena você se depara com personagens tão complexas e uma trama pela qual você não sabe qual partido tomar.
DeNiro é o paradigma do medo! Sua atuação é tão genial que a princípio o espectador não vê muito além da cara de mau e do sotaque sulista. Mas Cady, não é um simples criminoso, e só um ator como DeNiro poderia fazer-nos desenvolver uma simpatia intensa pelo artista que é um psicopata.
Juliette Lewis dá um show como Danielle Bowden, filha de Sam. Enquanto seu rosto não exatamente lembra o de uma adolescente, suas atitudes e expressões são típicas e por nenhum momento você duvida que Danielle teria 15 anos. Na cena em que Cady a encontra na escola é um duelo de tirar o fôlego entre dois atores com energias tão ofuscantes que é difícil escolher qual deles é o melhor. A sintonia é tanta que você se sente como Danielle, atraída pela normalidade de um homem que é dito perigoso.
Nolte e
Jessica Lange dão também boas performances, parecendo um tanto exagerados às vezes. Mas ambos tratam suas personagens com destreza: Nolte representando um homem que tem falhas consideradas graves em seu passado, que mancham a imagem de bom moço que ele tenta manter; enquanto Lange possui uma sensualidade deslumbrante.
Quanto a Scorsese, sem comentários! Apesar de sua marca violenta se fazer presente no filme, é nos detalhes que reinam o primor de sua direção aqui. Com tomadas diretas e zoom-ins rápidos, ele aumenta e mantém o suspense em cada cena; as imagens negativadas também contribuem para tal, certificando que Scorsese, muito mais que acompanhar a tortura psicológica que Cady exerce na família Bowden, radiografa suas personagens, revelando, então, seus medos personificados na figura do espreitador.


Em "A Época da Inocência", apesar de o clima ser bem diferente do anterior, Martin registra mais uma vez porque é um dos maiores cineastas do comportamento humano. Num drama de época, baseado no românce homônimo de Edith Wharton, Scorsese revive a sociedade Nova Yorkina oitocentista. O interessante é que se você preferir pode apenas ver o belo filme que foi feito, especialmente a cinematografia de Michael Ballhaus [a cena de Michelle Pfiffer à beira-mar é perfeita!], mas há no filme uma agridoce crítica à hipocrisia americana, especialmente à de sua cidade natal.
Newland Archer [Day-Lewis] é um advogado promissor que está prestes a se casar com a doce socialite May Welland [Ryder]; tal casamento, além de permeado por sentimentos serenos e sóbrios, é socialmente vantajoso para ambas as famílias. Porém, as coisas mudam quando a prima de May, Madame Ellen Olenska [Pfeiffer], volta à cidade desafiando os rígidos, mas ao mesmo tempo estúpidos, costumes. Nela ele conhece e reconhece a possibilidade de viver um amor verdadeiro e ardente, que há na escondida esquina de seu ser.
O que é magistral nesse filme é o fato de que a história não muda de perspectiva, apesar da delicada narração de Joanne Woodard, vemos a trama desenrolar-se a partir das ações e mentalidade de Archer. Isso resulta na total imersão dos espectadores no filme, que assim como num livro, têm apenas o que lhes é apresentado para sentir e compreender; como o roteiro de Jay Cocks e Scorsese é próximo da perfeição, não há arestas incômodas pelo fim do filme.
Day-Lewis e Pfeiffer possuem uma afinidade interessante, mas acima de tudo, uma sensualidade que condiz com as idades não tão avançadas, mas também não tão jovens, de suas personagens. A surpresa fica por conta de Winona Ryder, geralmente subestimada, mas provando seu talento quando associado a outro talento na direção - e considerando que Scorsese é D-us, ele tira o melhor de Winona, que nos dá uma May aparentemente representante da inocência do título, mas que está longe de ser ingênua. O que é provado no final, quando sua personagem tem uma reviravolta, previsível, porém adorável por sua humanidade.

O maravilhoso ponto em comum entre dois filmes tão distintos é o fato de Scorsese ser um maravilhoso diretor de atores. Muito além da ultra-violência, dos banhos de sangue, dos claustrofóbicos suspenses, ele sabe como reunir um elenco e extrair deles performances icônicas, que perduram na mente de quem assiste a seus filmes. Isso faz deles, por mais extravagantes que sejam às vezes, próximos da realidade de cada um.
[Soundtrack: Human Behaviour - Björk]

sexta-feira, 28 de março de 2008

Happy Birthday Mr. Bitch

Hoje é meu aniversário!
Apesar de filmes, no blogging - quero mais é ficar bebão e cair rs.
Além de mim, esses dois fazem aniversário hoje:


De repente, um ménage à trois soa como um ótemo presente de aniversário!

quinta-feira, 27 de março de 2008

All Right, Mr. Tarantino, I'm Ready For My Close-Up


Duas das minhas personalidades favoritas do Cinema fazem aniversário hoje. Gloria Swanson teria hoje 111 anos, enquanto um dos meus deuses, Quentin Tarantino, faz 45 anos. Ambos representam muito bem duas instâncias da minha personalidade: gay e nerd. Agora, qual dos dois é cada um eu não digo... hohoho.

Na Real

Na Real [ou Saindo do Armário] [**]
Direção: Simon Shore
Com: Ben Silverstone, Brad Gorton, Charlotte Brittain

Favor ler isso antes.

Na Real [Get Real, Inglaterra, 1998] tem uma premissa parecida com a de Delicada Atração: o protagonista gay [aqui Steven, interpretado docemente por Ben Silverstone], bolinado pelos colegas brutamontes, se apaixona pelo jogador de futebol popular [John Dixon, o tremendamente sexy Brad Gorton], que acaba correspondendo. O que diferencia os dois é o fato de Na Real ter um suposto tom mais sério, por ser um drama com pitadas de comédia [providas por Linda (Charlotte Brittain) a amiga gordinha de Steven]. Ou seja, a fórmula se faz presente.
Ciente de sua sexualidade desde os onze anos, Steven recorre ao banheiros públicos de sua pequena cidade, na esperança de conhecer o amor de sua vida. É irônico que ele recorra a tais lugares para tal objetivo, mas também o filme torna compreensível: Steven é um adolescente e junto com os hormônios há a vontade de experienciar o amor. É num desses banheiros que ele e John Dixon se esbarram, tornando-se confidentes de seus conflitos e, posteriormente, namorados.
Todo o filme a partir daí é completamente previsível, cheio de clichês do gênero, como as escapadas, o momento de paraíso e paz do casal, os pais desconfiados. Desta forma, Na Real torna-se um filme assistível apenas por sua temática causar curiosidade, não por ela acrescentar algo na discussão do tema, ou na vida de quem assiste.
O desapontante é que o roteiro de Patrick Wilde é baseado em sua peça "What's Wrong With Angry?", de 1992. A peça foi escrita em referência à lei da Idade de Consentimento
- simplificando: a idade em que uma pessoa é legalmente permitida a fazer sexo; a idade mínima para homossexuais era cinco anos menor que a para heterossexuais e, na peça de Wilde, era importante que Steven, por ter 16 anos, estivesse desobedecendo à lei, enquanto os colegas que o perturbavam não. Tais teores políticos se perderam no filme, o que, no fim das contas, virou apenas o drama-romântico que é.
[Soundtrack: Fall to Pieces - Avril Lavigne]